Apesar da complexidade do mundo moderno, a maioria das línguas continua circunscrita a âmbitos restritos e majoritariamente vinculadas a determinada cultura. Como sucede no caso das espécies naturais, também as línguas se adaptam a ambientes ecológicos específicos e,como as obras culturais, têm uma história. As línguas comportam uma função de delimitação de fronteiras entre diferentes grupos sociais e, quando uma se perde, recuperá-la torna-se muito mais difícil do que o que ocorre com outros sinais da identidade. As línguas dominantes exercem um poder de atração sobre os falantes de línguas minoritárias. Os jovens, em especial, tendem a marcar a sua identidade usando os idiomas de maior comunicação. Ao cabo de gerações sucessivas, essa realidade acaba por se traduzir na perda de muitas línguas vernáculas e da diversidade cultural que elas representavam. Ademais, as línguas tradicionais têm vínculos com os seus correspondentes ecossistemas, de modo que a sua perda repercute igualmente na diversidade ambiental e ecológica. Sob esse ponto de vista, é fundamental adotar medidas que protejam e promovam as línguas de importância local, enquanto se apoia a aprendizagem de línguas veiculares que permitam aceder a comunicações rápidas e ao intercâmbio de informa
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