Ainda que a erosão cultural se tenha convertido em questão cada vez mais preocupante no plano internacional, devido à percepção dos paradigmas ocidentais transmitidos por via da tecnologia, frequentemente se exagera a relação da globalização com a uniformização e a homogeneização cultural. As trocas comerciais e as transferências culturais invariavelmente pressupõem processos de adaptação e normalmente, num ambiente internacional cada vez mais complexo e interativo, não são unilaterais. Para além disso, as raízes culturais são profundas e, em muitos casos, estão fora do alcance de influências exógenas.
Assim, a globalização entende-se melhor como um processo multidirecional com muitas facetas, que compreende a circulação, cada vez mais rápida e de maior volume, de praticamente tudo, desde capitais a pessoas, passando por mercadorias, informação, ideias e crenças, por meio de eixos que se modificam constantemente. Geralmente a globalização de intercâmbios internacionais conduz à integração de diversos intercâmbios multiculturais em quase todos os contextos nacionais, em paralelo com a tendência – que, de resto, fomenta – para filiações culturais múltiplas e uma complexidade crescente das identidades culturais. No entanto, não significa que sejam ignoradas as consequências negativas dos fatores que impulsionam a globalização sobre a diversidade das práticas culturais. Um dos principais efeitos da globalização é a fragilização do vínculo entre um fenômeno cultural e a sua situação geográfica, ao permitir transportar até à nossa proximidade imediata influências, experiências e acontecimentos que na realidade se encontram distantes. Em alguns casos essa fragilização do vínculo com o lugar é considerada como fonte de oportunidades, enquanto em outros se vê como uma perda de rigor e identidade. Fenômeno paralelo é constituído pelo aumento das migrações internacionais que, em determinados casos, conduz a novas expressões culturais, o que demonstra que a diversidade está em perpétua formação. O incremento do número de turistas internacionais é outro fenômeno com possíveis consequências significativas no que toca à diversidade cultural. Ainda que esse fenômeno turístico seja, até certo ponto, autônomo e de consequências pouco precisas para as populações locais, parece evidente que os seus resultados serão positivos, na perspectiva de melhor conhecimento e compreensão de ambientes e práticas culturais diferentes. O cada vez maior número de contatos interculturais que mantemos dá também lugar a novas formas de diversidade cultural e práticas linguísticas, particularmente devido aos progressos da tecnologia digital. Desse modo, contrariamente a procurar-se preservar a identidade em todas as suas formas, deveria instar-se pela concepção de novas estratégias que levem em conta essas mudanças e permitam ao mesmo tempo que as populações vulneráveis respondam mais eficazmente à mudança cultural. Todas as tradições vivas estão submetidas à contínua reinvenção de si mesmas. A diversidade cultural, tal como a identidade cultural, estriba-se na inovação, na criatividade e na receptividade a novas influências.
Assim, a globalização entende-se melhor como um processo multidirecional com muitas facetas, que compreende a circulação, cada vez mais rápida e de maior volume, de praticamente tudo, desde capitais a pessoas, passando por mercadorias, informação, ideias e crenças, por meio de eixos que se modificam constantemente. Geralmente a globalização de intercâmbios internacionais conduz à integração de diversos intercâmbios multiculturais em quase todos os contextos nacionais, em paralelo com a tendência – que, de resto, fomenta – para filiações culturais múltiplas e uma complexidade crescente das identidades culturais. No entanto, não significa que sejam ignoradas as consequências negativas dos fatores que impulsionam a globalização sobre a diversidade das práticas culturais. Um dos principais efeitos da globalização é a fragilização do vínculo entre um fenômeno cultural e a sua situação geográfica, ao permitir transportar até à nossa proximidade imediata influências, experiências e acontecimentos que na realidade se encontram distantes. Em alguns casos essa fragilização do vínculo com o lugar é considerada como fonte de oportunidades, enquanto em outros se vê como uma perda de rigor e identidade. Fenômeno paralelo é constituído pelo aumento das migrações internacionais que, em determinados casos, conduz a novas expressões culturais, o que demonstra que a diversidade está em perpétua formação. O incremento do número de turistas internacionais é outro fenômeno com possíveis consequências significativas no que toca à diversidade cultural. Ainda que esse fenômeno turístico seja, até certo ponto, autônomo e de consequências pouco precisas para as populações locais, parece evidente que os seus resultados serão positivos, na perspectiva de melhor conhecimento e compreensão de ambientes e práticas culturais diferentes. O cada vez maior número de contatos interculturais que mantemos dá também lugar a novas formas de diversidade cultural e práticas linguísticas, particularmente devido aos progressos da tecnologia digital. Desse modo, contrariamente a procurar-se preservar a identidade em todas as suas formas, deveria instar-se pela concepção de novas estratégias que levem em conta essas mudanças e permitam ao mesmo tempo que as populações vulneráveis respondam mais eficazmente à mudança cultural. Todas as tradições vivas estão submetidas à contínua reinvenção de si mesmas. A diversidade cultural, tal como a identidade cultural, estriba-se na inovação, na criatividade e na receptividade a novas influências.
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